Toda vez que chove
Brasília me dá um arco-íris.
Toda vez que o sol nasce
ela me oferece um prisma.
Em toda seca Brasília mostra
o espanto do renascer.
Em toda vez que lhe passeio
eu vejo athos, bianchettis,
oscares, vejo burles e brunos
dando vida à meus olhares.
Brasília me leva junto a ela
– passargada encontrada-
sem rei, sem trono, sem dono
lugar de onde bebo a poesia
de onde mordo o amor
de onde canto elegias
de onde essa ana maria
se rende feliz
à
cidade
Ana por ela mesma: “Sou a carioca mais brasiliense do planeta. O Rio de Janeiro está no meu coração mas Brasília é dona da minha alma. Aqui cresci, estudei, plantei árvores, criei filhos e cultivei as minhas conversas com o verso”.