Seminário: Terapia iniciática, com Tereza Coimbra

Ela nos fala do conceito de dualidade. Dualidade vai além dos opostos, é divisão e não aceita a possibilidade de união. Não é isso que vivenciamos quando olhamos com sabedoria para a sombra. Jung diria que se estamos unilateralizados vamos atrair o outro lado. E que, quanto mais a sombra estiver contida maior o assombro que ela causa quando aparece.

Mais uma vez ela reforça a importância dos sonhos no processo de individuação dentro da teoria junguiana. Encerramos a sexta-feira com uma meditação za-zen.

A terapia iniciática tem como objetivo maior o crescimento pessoal e para isso quebra as couraças, o envólucro no qual estamos acostumadas a viver. A técnica da psicografia é um excelente instrumento para vencermos a resistência. Fizemos uma vivência com essa técnica.

Na terapia iniciática a terapeuta é uma acompanhante, o mestre está no interior da outra pessoa. Interessante, Tereza nos traz algo que me lembrou do seminário de transgeracionalidade. Fazer tricô – esse é um bom instrumento de proteção e intuição para a mãe interior. Seguindo esse mesmo pensamento de acompanhantes do mestre interior da outra pessoa, Carl Rogers dizia que seus clientes eram como suas plantas e ele os deixava seguir a luz do sol… Tereza nos fala então da relação corpo-mente-sentimento.

“Cada momento da minha vida é o mais importante” Vera Kohn.

Indicou alguns livros como: A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector. Tornar-se pessoa, de Carl Rogers, Memórias, sonhos e reflexões, de Carl Jung,  Terapia iniciática – Em Direção ao Núcleo Sagrado, de Vera Kohn, O Zen e nós, de  Karlfried Graf Dürckheim.

Texto retirado da “Memória da Tribo” feito por Juçara e Tânia.

Gratidão!

Seminário: Ecologia profunda e cultura de paz, com Regina Fittipaldi

Pertencemos a uma realidade que ultrapassa nossa compreensão e em algum momento da vida podemos nos perguntar: Quem sou? Através da água e minerais que temos no nosso corpo percebemos que somos natureza. Existem várias formas de compreender a criação do mundo e a Regina nos falou rapidamente da visão da igreja católica e da visão Tupi-Guarani.

O caminho que vamos percorrer nesse seminário é um convite para semear um mundo novo.

Regina nos fala da história da ARIE (área de relevante interesse ecológico), sua criação, seu significado e importância para o Distrito Federal; do movimento Diálogos da ARIE e Granja do Ipê e sua função na ecologia social e ambiental e preservação da história e natureza local. E fechou a holologia nos mostrando slides do tamanho dos planetas e estrelas para reforçar o quanto somos pequenos em relação ao todo; porém não se trata de tamanho e sim de responsabilidade e ressignificado. Ressignificado do pertencer à Terra e ao universo. Não devemos esquecer que as águas do mundo estão precisando de amor.

Fomos até as nascentes da nossa querida e tão usada cachoeira, conhecemos a mesa JK, tomamos banho e bebemos da água pura que de lá brota.

A Regina nos indica o livro: O Sagrado e o Profano de Mircea Eliade e trás uma visão de como chegamos à imagem que temos hoje do planeta terra. A Árvore do Conhecimento, de Humberto Maturana e F. Varela. Ecologia Profunda e Espiritualidade, de Jorge Ponciano. Ciência e consciência, de Edgar Morin. A Voz do Arco-Íris, de Leonardo Boff. Desperte a Mulher Selvagem, de Clarice Pinkola.

Texto retirado da Memória da Tribo feito por Juçara e Tânia.

Holologia refere-se à via racional, de estudo, reflexão crítica e de experimentação do paradigma holístico, destinado à dimensão do saber.

Regina Fittipaldi é Pró-Reitora de Meio Ambiente da Universidade da Paz – Unipaz.

Violeta: a flor das janelas!

Sempre gostei muito de violetas! No meu trabalho enchia as janelas com violetas de todas as cores e cada uma mais bonita que a outra.

A violeta é uma planta delicada, com flores pequenas e em geral de tons roxeados mais escuros ou mais claros. Daí o nome da planta que indica a cor geral de sua flor embora tenha violeta de outras cores e igualmente belas.

É uma planta ideal para cultivar em vasos pequenos ou agrupadas em vários tons em vasos maiores em formato de bacia ou mesmo retangulares. Esses vasos devem ter uma boa drenagem para evitar o apodrecimento das raízes.

O melhor local para violetas são as janelas ou espaços próximos onde elas para que possam receber uma boa iluminação com pouco sol, uma vez que a exposição direta dos raios solares pode queimar as folhas.

A minha Jade! planta que gosto!

A Jade é uma espécie de suculenta de fácil cultivo, bastante resistente, versátil de crescimento rápido, pouca manutenção. O nome científico é Crassula ovata mas, popularmente conhecida por outros nomes como planta do dinheiro, árvore da amizade ou bálsamo de jardim.

 

Essa planta embora possa ser cultivada sob o sol pleno ela vai muito bem em interiores, dentro de casas, apartamentos ou escritórios com boa luminosidade. Suas folhas de cor verde jade daí vem o seu nome. Suas flores brancas ou rosa, de tamanho pequeno aparecem com a chegada do outono. A minha jade ainda não floresceu! Fico na expectativa!

Pai Nosso… lindo!

Pai nosso, que estás no céu, na terra, no fogo, na água e no ar. Pai nosso, que estás nas flores, no canto dos pássaros, no coração a pulsar; que estás na compaixão, na caridade, na paciência e no gesto de perdão.

Pai nosso, que estás em mim, que estás naquele que eu amo, naquele que me fere, naquele que busca a verdade. Pai nosso, que estás naquele que caminha comigo e naquele que já partiu, deixando-me a alma ferida pela saudade.

Santificado seja o Teu nome por tudo o que é belo, bom, justo e gracioso, por toda a harmonia da Criação. Sejas santificado por minha vida, pelas oportunidades tantas, por aquilo que sou, tenho e sinto e por me conduzir à perfeição.

Venha a nós o Teu reino de paz e justiça, fé e caridade, luz e amor. Reino que sou convocado a construir através da mansidão de espírito, reflexo da grandeza interior.

Seja feita a Tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais o meu orgulho do que as minhas reais necessidades.

Ainda que muitas vezes eu não compreenda mais do que o silêncio em resposta às minhas preces, não Te ouvindo assim dizer: Filho aguarda, tua é toda a eternidade.

O pão nosso de cada dia me dá hoje e que eu possa dividi-lo com meu irmão. As condições materiais que ora tenho de nada servem se não me lembro de quem vive na aflição.

Pão do corpo, pão da alma, pão que é vida, verdade e luz. Pão que vem trazer alento e alegria: é o Evangelho de Jesus.

Perdoa as minhas ofensas, os meus erros, as minhas faltas. Perdoa quando se torna frio meu coração; quando permito que o mal se exteriorize na forma de agressão.

Que, mais do que falar, eu saiba ouvir. Que, ao invés de julgar, eu busque acolher. Que, não cultivando a violência, eu semeie a paz. Que, dizendo não às exigências em demasia, possa a todos agradecer.

Perdoa-me, assim como eu perdoar àqueles que me ofenderem, mesmo quando meu coração esteja ferido pelas amarguras e dissabores da ingratidão.

Possa eu, Senhor da Vida, lembrar de que nenhuma mágoa é eterna e de que o único caminho que me torna sublime é a humilde estrada da reconciliação.

Não me deixes cair nas tentações dos erros, vícios e egoísmo, que me tornam escravo de minha malevolência.

Antes, que Tua luz esteja sobre mim, iluminando-me, para que eu te encontre dentro de minh’alma, como parte que és de minha essência.

E livra-me de todo o mal, de toda violência, de todo infortúnio, de toda enfermidade. Livra-me de toda dor, de toda mágoa e de toda desilusão.

Mas ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: Obrigado, Pai, por mais esta lição!

Seminário: Transgeracionalidade, Tasso Scaff

Apanhados do seminário…

Nesse seminário o facilitador nos fez refletir sobre as mais diversas possibilidades de integração da arte, filosofia, ciência e tradições como fontes de conhecimento e que as tradições desenvolvidas ao longo do tempo que no decorrer da caminhada da humanidade interferiu no pensamento ocidental que acabou por fragmentar os pilares dos saberes e da psique. Falou da evolução do positivismo nas sociedades.

A filosofia positivista tem um maior foco na lei, no como, ao invés do porquê. Assim, arte, filosofia e tradição são considerados “não saberes” em resposta a uma redução do campo do saber, o saber holístico: múltiplos níveis de realidade, dimensão do sagrado e a lógica. Citou o livro O que é a realidade?  Basarab Nicolescu.

Para ser transdisciplinar é preciso levar em conta os vários níveis de realidade, assim no processo de integração, os paradoxos deixam de ser sintomas de mal funcionamento.

Refletimos sobre os símbolos – expressão do conteúdo complexo- é o visível que aponta para o invisível. Os símbolos mostram semelhanças entre criação e cosmos, por isso em muitas tradições eram encontrados símbolos baseados no pensamento trino. A partir daí muitos e diferentes Deuses surgiram.

Surge também a ideia de que a Terra é o lugar onde se trava a guerra entre o mundo superior e o mundo inferior. Estes podem ser Ícones e retomou a temática da tríade que representa o pensamento trino que pode ter sido a primeira representação do sagrado.

A partir da hermenêutica (arte de interpretar), podemos perceber também a importância do feminino e masculino nas populações.

E falamos sobre a origem das religiões como tradições com características em comum. Além dos símbolos, pensamento trino, multi deuses, a imortalidade do espirito também é uma convergência entre as tradições. Tasso nos trouxe cosmogonias das diversas religiões sempre focando em mostrar-nos suas semelhanças e dessemelhanças.

Um ponto importante a ressaltar são as diferenças de algumas tradições brasileiras com suas peculiaridades, como as diferentes tradições Tupi – guarani. Ainda que a tradição Tupi não seja explicada pela dispersão ao longo do planalto iraniano, ela ainda mantém grandes relações com tradições orientais contempladas por essa explicação, como é o caso dos canais de energia espalhados pelo nosso corpo, chamados de Iêres pelos Tupis e de Chacras pelos orientais.

Essas frases marcaram o nosso seminário. “Na diferença aprendemos mais que na igualdade”…”Reconhecer a fraternidade nos torna mais leves”…O tema mostrou-nos a importância de reconhecermos a fraternidade e a igualdade mesmo dentro das diferentes crenças.

Tasso falou muito sobre “Religiosidade e transreligiosidade” –  a consciência ampliada pela conexão pode ser uma chave para abrir o espaço para o amor e o sagrado dentro das três ecologias.

Dentro da transreligiosidade, os símbolos resultam das tradições de cada população. Ou seja, dentro das comunidades, os símbolos vão tomando proporções importantes e são passados de geração a geração como ensinamento. Porém, dentro de uma abordagem de religião e poder quando os símbolos perdem seus sentidos e seus vínculos com os saberes tradicionais, então a tradição se transforma em religião. Isso pode ser percebido no próprio sentido da palavra religião, a qual vem com uma carga de medo, obediência, devoção e etc. Afirmando o pensamento de igualdade, cabe lembrar algo muito forte que Tasso nos trouxe:

“O que aconteceria se rejeitássemos o absolutismo da verdade única, se introduzíssemos a relatividade nas verdades particulares, em favor de uma unidade aberta e dinâmica de integração de todas as verdades?”

Tasso Scaff é formado em Economia, marketing. Terapeuta Social no Colégio Internacional dos Terapeutas e coordenador de Relações Institucionais da Unipaz- DF.