Blog Livro e Arte – 8 anos! Boa lembrança!

Estou tentando atualizar o blog, preciso reservar um tempinho pra ele. Afinal são mais de 8 anos. Criei este espaço em 2007 para que eu pudesse registrar meus momentos com artesanatos, com ikebana,  com os acontecimentos do dia a dia. Também um espaço para registrar minhas leituras, livros especiais, poesias diversas e de assuntos relacionados à minha profissão. Tem ainda como objetivo trocar ideias, compartilhar experiências, receitas  e fazer novas amizades. Com o tempo fui aprimorando, trocando layout, agregando novidades e mantendo este espaço com muito carinho. Claro ele tem cumprido seu objetivo! Viva meu bloguinho!    

Temos uma cachorrinha, a Lucky

Filipe chegou com esta novidade; uma cachorrinha que ele encontrou logo após o nascimento e na verdade não sabíamos nem se era macho ou fêmea. Logo nos apaixonamos e demos o nome de Lucky; sorte dela o Filipe tê-la encontrado. É muito linda... faminta e barulhenta!  

Seminário: A arte de viver a natureza, com Nelma da Silva Sá

Refletimos sobre “onde estamos” e sobre “como” estamos transformando o meio ambiente, em que o estamos transformando; como cada pessoa contribui para essa transformação e se realmente temos consciência de que somos seres insustentáveis. Nelma nos fala de como chegamos ao sistema urbano no qual estamos inseridos hoje e que vivemos totalmente isolados da natureza. Perdemos o sentido de coletivo e vivemos apenas a economia do poder. O eu ecológico. Nelma nos trouxe 8 pontos básicos para buscarmos o eu ecológico: reconectar a memória, integrar a natureza interna, conectar com a essência, desenvolver a inteligência ecológica (que pode ser representada pelas inter-relações, trabalhar cognição e valores, experiências, educar pelo que é e manter o equilíbrio no caos. Ela conclui dizendo que o ego é fundamental para nossa existência e processo evolutivo; porém não devemos permitir que o ego fique no “comando” de nossas ações o tempo todo. A consciência de que podemos retirar as máscaras sempre que nos convier é essencial para nos sentirmos bem e crescermos no processo de individuação. Retirado do Memória da Tribo feito por Juçara e Tânia. Livros: O jardineiro que tinha fé, de Clarice Pinkola Estés, O dom da história, de Clarice Pinkola Estés, A arte de viver em paz, Pierre Weil.

Seminário: Para viver um grande amor, com Tauney Daniel

O tema é complexo e extenso e vamos orbitar em volta dele. E nos conta porque mesmo assim resolveu realizar um seminário sobre esse tema. Um dia foi convidado para realizar a cerimônia de casamento de conhecidos, depois desse evento vem sendo convidado algumas vezes. Tem se ocupado muito com o tema Tauney reforça que não tem pretensão de transmitir verdades ou fórmulas sobre relacionamentos e nos diz que o conteúdo do seminário não é nada de novo, apenas amplificamos o uso daquilo que já sabemos quando focamos tudo junto nesse tema. Para ele o relacionamento dos casais é essencial para construir uma sociedade com base na harmonia. Tauney nos chama atenção para seu ponto de vista de que o amor é um predador que se alimenta do brilho interno de cada ser. Amor é ser! Não temos quantidade de amor e nem somos depositários de amor, somos uma lâmpada que não pode ser preenchida pelo gênio da outra pessoa. Pensando no assunto Tauney identificou 21 tópicos relacionados com o amor: autoimagem, cultivo de si mesmo, crenças, escutar e silenciar, o outro é o mestre, nossa verdadeira envergadura, nosso caminho evolutivo,  o amor entre dois seres humanos, tornar-se inteiros, os vínculos são invisíveis, o corpo, um templo sagrado. casal, um anel de diamantes, as promessas no casamento,  aparência e transparência, cultura capitalista, Como e onde encontrar o grande amor, como reconhecer o grande amor, quem está pronto para viver um grande amor? Indicação de livros: Poemas de deus e do diabo de José Régio; e da poesia Cântico Negro, A psicologia do amor de Jack Kornfield, Grandes Sertões de Guimarães Rosa, O caráter do mito de Joseff Campbell, A arte de viver a vida de Pierre Weil. Texto retirado da Memória da Tribo feito por Juçara e Tania.

Seminário: A Arte de Viver em Plenitude , Nádia Souza

A facilitadora discorreu sobre a importância de ouvir a intuição pessoal, pois esta é um instrumento por onde chegam as mensagens que “vem de cima”. Falou que viver em plenitude é uma prática cotidiana, pois são nossas atitudes de sacralizar todas as coisas, inclusive as mínimas, que nos possibilita plenitude. Este seminário é o aprofundamento da “Arte de Viver Consciente”. O seminário representa uma grande oportunidade de revisão de vida, pois constitui um exame de como cada qual gasta sua energia no cotidiano, do levantar até ao deitar.  Enfatiza a arte de viver o trabalho, o dinheiro, o lazer, as refeições, entre outras situações. Nádia acrescentou que o Humano é uma chance de Ser. Este pode ser autômato, um escravo dos instintos, ou ser consciente da maioria do que lhe acontece. Quando passarmos para o outro mundo e olharmos para trás, será que poderemos entender nossa missão? O tema seguiu chamando nossa atenção para a plenitude nas diferentes fases da vida. A plenitude na infância para que possamos viver todas as jornadas da infância, sem pular as etapas que a constitui. Viver a plenitude em nossa juventude e nos momentos de nossas escolhas, como a escolha da própria profissão. Estar consciente de nossas escolhas nos permite tirar o melhor do nosso emprego. Assim, a realização do serviço acontece em plenitude. A plenitude pode ser observada não apenas no nível material da vida, mas também nas nossas camadas energéticas do ser. Devemos focar nossa atenção aos movimentos diários, sempre observando e se perguntando se há presença ou se nós estamos praticando os movimentos automaticamente.  A facilitadora nos relembrou a existência do canal de energia em nossos corpos para explicar a anatomia e a fisiologia da circulação de energia vital. Despertou-nos para o fato de que a postura do nosso corpo difere nos momentos de atenção e de desatenção. Pudemos observar isso quando nos foi orientado a observar como o corpo se comporta quando imita um estado de atenção X desatenção.  A anatomia do corpo sutil consiste em flores que acumulam a energia Qi. Essas flores são conhecidas por nós como Chakras e são complexos de circulação da energia, ou seja, elas carregam informações sutís pelo nosso corpo físico. Aprofundamos nossos conhecimentos sobre os chakras e descobrimos quais os sentimentos e comportamentos que podem bloquear e desbloquear o fluxo de energia em cada um deles. Assim, é sempre válido e foi contemplado em todas as propostas de práticas, observar se existe uma predominância de uma dessas energias e buscar sempre o equilíbrio das duas. Houve uma discussão no sentido de percebermos quais as consequências do desenvolvimento tecnológico sobre o equilíbrio das energias feminino e masculino. As mulheres por sua busca ao direito de igualdade passam a exercer muitas rotinas como serviço doméstico, serviço profissional e ainda o serviço como ser mãe. Que vocês continuem digerindo as valiosas informações sobre a origem da ciência e aplicando esse novo olhar diante do conhecimento. Nádia Fernandes de Souza - Psicóloga pela PUC-MG, especialista em Psicologia…

Seminário: Terapia iniciática, com Tereza Coimbra

Ela nos fala do conceito de dualidade. Dualidade vai além dos opostos, é divisão e não aceita a possibilidade de união. Não é isso que vivenciamos quando olhamos com sabedoria para a sombra. Jung diria que se estamos unilateralizados vamos atrair o outro lado. E que, quanto mais a sombra estiver contida maior o assombro que ela causa quando aparece. Mais uma vez ela reforça a importância dos sonhos no processo de individuação dentro da teoria junguiana. Encerramos a sexta-feira com uma meditação za-zen. A terapia iniciática tem como objetivo maior o crescimento pessoal e para isso quebra as couraças, o envólucro no qual estamos acostumadas a viver. A técnica da psicografia é um excelente instrumento para vencermos a resistência. Fizemos uma vivência com essa técnica. Na terapia iniciática a terapeuta é uma acompanhante, o mestre está no interior da outra pessoa. Interessante, Tereza nos traz algo que me lembrou do seminário de transgeracionalidade. Fazer tricô - esse é um bom instrumento de proteção e intuição para a mãe interior. Seguindo esse mesmo pensamento de acompanhantes do mestre interior da outra pessoa, Carl Rogers dizia que seus clientes eram como suas plantas e ele os deixava seguir a luz do sol... Tereza nos fala então da relação corpo-mente-sentimento. “Cada momento da minha vida é o mais importante” Vera Kohn. Indicou alguns livros como: A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector. Tornar-se pessoa, de Carl Rogers, Memórias, sonhos e reflexões, de Carl Jung,  Terapia iniciática – Em Direção ao Núcleo Sagrado, de Vera Kohn, O Zen e nós, de  Karlfried Graf Dürckheim. Texto retirado da "Memória da Tribo" feito por Juçara e Tânia.

Seminário: Ecologia profunda e cultura de paz, com Regina Fittipaldi

Pertencemos a uma realidade que ultrapassa nossa compreensão e em algum momento da vida podemos nos perguntar: Quem sou? Através da água e minerais que temos no nosso corpo percebemos que somos natureza. Existem várias formas de compreender a criação do mundo e a Regina nos falou rapidamente da visão da igreja católica e da visão Tupi-Guarani. O caminho que vamos percorrer nesse seminário é um convite para semear um mundo novo. Regina nos fala da história da ARIE (área de relevante interesse ecológico), sua criação, seu significado e importância para o Distrito Federal; do movimento Diálogos da ARIE e Granja do Ipê e sua função na ecologia social e ambiental e preservação da história e natureza local. E fechou a holologia nos mostrando slides do tamanho dos planetas e estrelas para reforçar o quanto somos pequenos em relação ao todo; porém não se trata de tamanho e sim de responsabilidade e ressignificado. Ressignificado do pertencer à Terra e ao universo. Não devemos esquecer que as águas do mundo estão precisando de amor. Fomos até as nascentes da nossa querida e tão usada cachoeira, conhecemos a mesa JK, tomamos banho e bebemos da água pura que de lá brota. A Regina nos indica o livro: O Sagrado e o Profano de Mircea Eliade e trás uma visão de como chegamos à imagem que temos hoje do planeta terra. A Árvore do Conhecimento, de Humberto Maturana e F. Varela. Ecologia Profunda e Espiritualidade, de Jorge Ponciano. Ciência e consciência, de Edgar Morin. A Voz do Arco-Íris, de Leonardo Boff. Desperte a Mulher Selvagem, de Clarice Pinkola. Texto retirado da Memória da Tribo feito por Juçara e Tânia. Holologia refere-se à via racional, de estudo, reflexão crítica e de experimentação do paradigma holístico, destinado à dimensão do saber. Regina Fittipaldi é Pró-Reitora de Meio Ambiente da Universidade da Paz – Unipaz.

Seminário: Transgeracionalidade, Tasso Scaff

Apanhados do seminário... Nesse seminário o facilitador nos fez refletir sobre as mais diversas possibilidades de integração da arte, filosofia, ciência e tradições como fontes de conhecimento e que as tradições desenvolvidas ao longo do tempo que no decorrer da caminhada da humanidade interferiu no pensamento ocidental que acabou por fragmentar os pilares dos saberes e da psique. Falou da evolução do positivismo nas sociedades. A filosofia positivista tem um maior foco na lei, no como, ao invés do porquê. Assim, arte, filosofia e tradição são considerados "não saberes" em resposta a uma redução do campo do saber, o saber holístico: múltiplos níveis de realidade, dimensão do sagrado e a lógica. Citou o livro O que é a realidade?  Basarab Nicolescu. Para ser transdisciplinar é preciso levar em conta os vários níveis de realidade, assim no processo de integração, os paradoxos deixam de ser sintomas de mal funcionamento. Refletimos sobre os símbolos - expressão do conteúdo complexo- é o visível que aponta para o invisível. Os símbolos mostram semelhanças entre criação e cosmos, por isso em muitas tradições eram encontrados símbolos baseados no pensamento trino. A partir daí muitos e diferentes Deuses surgiram. Surge também a ideia de que a Terra é o lugar onde se trava a guerra entre o mundo superior e o mundo inferior. Estes podem ser Ícones e retomou a temática da tríade que representa o pensamento trino que pode ter sido a primeira representação do sagrado. A partir da hermenêutica (arte de interpretar), podemos perceber também a importância do feminino e masculino nas populações. E falamos sobre a origem das religiões como tradições com características em comum. Além dos símbolos, pensamento trino, multi deuses, a imortalidade do espirito também é uma convergência entre as tradições. Tasso nos trouxe cosmogonias das diversas religiões sempre focando em mostrar-nos suas semelhanças e dessemelhanças. Um ponto importante a ressaltar são as diferenças de algumas tradições brasileiras com suas peculiaridades, como as diferentes tradições Tupi - guarani. Ainda que a tradição Tupi não seja explicada pela dispersão ao longo do planalto iraniano, ela ainda mantém grandes relações com tradições orientais contempladas por essa explicação, como é o caso dos canais de energia espalhados pelo nosso corpo, chamados de Iêres pelos Tupis e de Chacras pelos orientais. Essas frases marcaram o nosso seminário. "Na diferença aprendemos mais que na igualdade"..."Reconhecer a fraternidade nos torna mais leves"...O tema mostrou-nos a importância de reconhecermos a fraternidade e a igualdade mesmo dentro das diferentes crenças. Tasso falou muito sobre "Religiosidade e transreligiosidade" -  a consciência ampliada pela conexão pode ser uma chave para abrir o espaço para o amor e o sagrado dentro das três ecologias. Dentro da transreligiosidade, os símbolos resultam das tradições de cada população. Ou seja, dentro das comunidades, os símbolos vão tomando proporções importantes e são passados de geração a geração como ensinamento. Porém, dentro de uma abordagem de religião e poder quando os símbolos perdem seus sentidos e seus vínculos com os saberes tradicionais, então a tradição se transforma…

Seminário: Criando união, com Lúcia Torres e Mauro Pozzati

Mauro nos diz que criando união pode levar a pensar em um amor perfeito. Porém união pressupõe individuação; união e individuação coexistem. Se só existir união uma ou as duas pessoas “acabam”... Vivemos em um mundo de polaridades e para falar de união temos que falar de separação, só quando nos separamos podemos ver a união A Lúcia nos lembra da importância de não perder a conecção com o essencial. Viver e existir podem ser coisas diferentes. Alma é um conceito elástico e muitas vezes precisamos nos render a tentar entender tudo a nossa volta. Deixar de buscar as vezes é mais sábio; é viver o aqui e agora de forma consciente porém sem tensão. Na existência temos muitas perdas, algumas pequenas, outras grandes e a vida vai além delas, além do conceito de certo e errado, justo e injusto. Compreender o que significa criar união pode ser nossa contribuição para para a alma da humanidade. Livros indicados: O espirito de intimidade , de Sobonfu Some, João de Ferro, de Robert Bly,O Poder do Discurso Materno, de Laura Gutman, O Poder do Discurso Materno, de Laura Gutman, O Complexo de Cinderela, de Colette Dowling, Dinâmica da Espiral, de Don Edward Beck e Christopher C. Cowan, Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach e O Encontro com Homens Notáveis, de George Ivanovich Gurdjieff . Texto retirado da Memória da Tribo, feito por Juçara e Tânia.