Seminário: Sonhos e Mandalas; facilitadora: Cristina Carvalhedo

"Os sonhos são reais, apenas estão em outro estado de consciência que não é o estado de vigília. Desqualificar os sonhos é desqualificar a vida psíquica. Enquanto compartilhar os sonhos é compartilhar seu lado mais íntimo, cada sonho trás muitas revelações. Essas revelações podem doer se não são trazidas em forma de símbolos e metáforas. Por isso os sonhos são uma forma suave de percebermos nossa sombra. Por outro lado, tudo que escutamos e vivemos tem a ver com cada uma de nós e “cutuca” nosso inconsciente, podendo aflorar através dos sonhos." "As mandalas são representações de inteireza, muitas são símbolos universais e as vezes representam o fechamento de um momento. A Cristina falou da simbologia das mandalas no oriente, nas meditações, nas tradições... e nos trouxe os dez níveis de existência (Livro: Normose, pág. 192)." "A relação entre os sonhos e as mandalas está tanto na simbologia como no inconsciente. Fazer uma mandala ajuda a buscar no inconsciente aspectos importantes para entender os sonhos. Quando fazemos uma mandala não devemos interromper o desenho, a continuidade é importante para que a conexão com o inconsciente permaneça. Se terminamos e o sentimento é que não está pronta, o melhor é iniciar outra, desenhar novamente". Citou livros como: Sonho de Vigília de Castañeda, sonhos Exóticos de Stanley Krippner e o Dicionário de Sonhos de Jean Chevailier e outros.  

Seminário: Pintura Espontânea; facilitadora Susan Bello

Neste seminário a facilitadora Susan Bello iniciou trazendo alguns aspectos sobre a organização individual de cada participante nesse seminário, sobre a liberdade de criar, de entrar no processo da pintura espontânea e poder crescer com ele.  Susan diz: “No início devemos ser carinhosos e gentis com nós mesmos”. E nos apresentou Ana Maria que já vivência pintura espontânea desde 2002 e irá nos acompanhar nas atividades e também com Tarô. Ana Maria explica que Pintura Espontânea é um tipo de meditação e que com a prática desenvolvemos também o conhecimento de nós mesmos. Em seguida fomos buscar tinta e escolher um lugar para a primeira atividade e iniciamos este processo com uma dança e fizemos a primeira pintura. Susan trouxe uma reflexão sobre pensamentos limitantes aqueles medos, afirmações negativas ou assimilações introjetadas na infância que nos tolhem e bloqueiam quando estamos diante de algo novo e transformador. A consciência sobre os pensamentos limitadores pode trazer liberdade e grande crescimento pessoal. Fiquei pensando nesta colocação dela “ não temos controle sobre os acontecimentos do passado, temos sobre aquilo que fazemos com eles. O “como” vamos lidar com as experiências vividas é que nos liberta dos pensamentos com os quais nos identificamos de uma forma limitadora. Muitas vezes sentimos um “click” interno – “há! agora estou naquele pensamento limitador outra vêz. Eu não quero isso para mim”.  Nesse caso cabe criar um antidoto. Ou seja, uma frase que nos reporte para uma posição saudável e livre. Em pintura espontânea é necessário sair do racional e pintar com a intuição. Refletimos também sobre conceitos da Comunicação Não Violenta, de Marshan Rosenberg – escuta refletiva e escuta empática. A escuta refletida é a capacidade de reproduzir aquilo que foi dito por outra pessoa, sem uma interpretação e sem julgamento. Enquanto ser empático – escuta empática -  é entrar no momento da pessoa, é estar junto nos sentimentos, é fazer perguntas sobre aquilo que foi expresso ou mencionado. Nos pequenos grupos pudemos treinar uma e outra forma de escuta.  E no final tivemos a oportunidade de expressar também o que aquela pintura nos trouxe ao nível pessoal. Um outro exercício que consiste em completar a frase: Se essa pintura fosse minha … Dessa forma pudemos colocar nossos próprios sentimentos em relação ao quadro de outra pessoa. Esse exercício pode ser feito no dia-a-dia e não só com pinturas ... Neste seminário a Susan ainda nos falou do processo “I am I”, de sua autoria, Inteligências Autênticas, Múltiplas e Inatas. I am I é um processo de autodesenvolvimento, o self autêntico tem uma forma de se expressar através da criatividade. No domingo acordamos com o Pablo e a Erika cantando ao vivo e na holopraxis a Gabriela trouxe exercícios da capoeira. Fomos meditar no memorial Pierre Weil por ter sido aniversário dele na semana do seminário. Unipaz/DF Susan Bello é Doutora – PhD em Terapia Expressiva e Psicologia da Arte, do Union Institute, Cinncinnati, Ohio. Mestre em Psicologia Humanista na California State College, Sonoma. Bacharel em Educação e História, na Universidade…

Seminário: Transgeracionalidade – Maria Alice Freire

Este seminário foi mais vivencial do que conceitual e nos mostrou que a transgeracionalidade é uma questão a ser sentida e não a ser conceituada. O sentido da transgeracionalidade é  a busca do sentido do estar aqui. Que devemos fazer esse exercício constantemente e independentemente da idade que temos. Maria Alice inicia falando do tempo e falamos muito. Todo o mistério está no tempo. As pessoas que vivem no presente com alguma dificuldade de fluir, possuem algo na sua ancestralidade que ficou trancado no tempo passado. A chave da felicidade está no tempo. Segundo ela o que está nos livros não nos permite perceber qual a relação que nossos antepassados tiveram com os fatos da história. Somente através das conversas, das prosas com os idosos podemos absorver o que cada pessoa da família sentiu e pensou sobre a época em que viveu.  E, somente com esse conhecimento podemos refletir sobre como essa forma de ver e sentir o mundo nos influencia hoje. Enfatizou que o que se conta nos livros não nos traz o que nós temos a ver com a história dos livros. Fizemos uma vivência em volta do fogo, que em muitas tradições, o fogo é a entidade superior no universo e que nós somos uma chama dentro da história do universo. E falamos do tempo... esse tempo não é o tempo cronológico, marcado por um relógio, é mais amplo, é o tempo da existência, tempo de vida, tempo que se acumula com o passar dos anos. Contou-nos da sua experiência como avó dos seus netos e falamos das nossas experiências pessoais com relação ao tempo e refletimos sobre esse fenômeno: O tempo é o desenrolar de fatos através de longa data; o tempo interno, o tempo que pulsa dentro de nós. E que esse tempo interno está de acordo com a natureza; o tempo interno é o significado da nossa existência, é transgeracionalidade; não existe tempo, sempre estamos onde devemos estar. Então como dizia sua mãe: “Calma! Dê tempo ao tempo. Se o tempo não trouxer a solução, ele cura.” E continuamos falando do tempo... quando nos libertamos da cadeia do tempo externo é que podemos entrar em contato verdadeiro com o tempo interno. E que dormir é usufruir do tempo interno. Essa é a forma ideal de viver a vida; viver como e onde se está, sem nos aprisionarmos ao tempo externo. Temos todas as idades dentro de nós. E fizemos a vivência de andar (no sentido anti-horário) em volta da mandala seguindo as pegadas dos nossos ancestrais. Essa é uma forma de entrar em sintonia com a ancestralidade. O povo Guarani caminha horas e horas nos passos de seus ancestrais em volta das ocas com o objetivo de evocar a essência deles. Fizemos mais um exercício de rever os temas dos seis seminários passados e buscar a correlação com a transgeracionalidade. A atividade foi realizada em grupos de 3 pessoas e depois compartilhada para toda a turma, os grupos conseguiram perceber vários momentos dos seminários…

Seminário: Além da Normose – dos trilhos as trilhas, com Roberto Crema

Seminário profundo e maravilhoso! Roberto Crema que nos falou sobre a patologia da normalidade. Com esse tema Roberto Crema iniciou apresentando os três fundamentos básicos da normose: sistêmico, evolutivo e paradigmático. Nesse momento ele ressalta a questão do saber viver e saber morrer e que saibamos fazer valer a nossa estadia na Terra. "O livro tibetano do viver e do morrer" de Rinpoche é citado como referência sobre o tema. É importante que estejamos presentes em cada momento, pois isso ajuda a perceber a normosidade do sistema. Roberto nos falou das quatro idades da humanidade, contando a  parábola da vaca de Lao Tse. Quando predomina normose a pessoa saudável apresenta sintomas, está desesperada, desmaia. Apresentar sintomas é sinal de saúde. Somente desta forma não estaremos condizentes com “tudo” e absorvendo aquilo que não queremos. A missão da FHB é recordar nossa tarefa nessa encarnação. Do ponto de vista do segundo fundamento da normose, o evolutivo, nós seres humanos estamos estagnados em certos aspectos da vida. Dentro deste conceito temos quatro capítulos a perceber e desenvolver dentro da trilha evolutiva: 1. a culpa é do outro longe de mim; do governo, da sociedade, da firma onde trabalho... 2. a culpa é do outro próximo a mim; de minha família, de meus pais, o problema do meu filho... 3. eu assumo que caí no buraco, vejo minha parcela naquilo que me acontece. 4. eu desvio do buraco, inicio a caminhada em novas trilhas 5. eu caminho em outra rua, atenta aos buracos... e, se cair, retorno ao item 3 Buda constatou que a causa do sofrimento é o apego. Estando atentos ao apego podemos reconhecer nossa própria luz – nosso próprio Buda. Ser humano, dá trabalho; com esta afirmação o Roberto nos alerta para o fato de que se quisermos florescer teremos que nadar contra a correnteza, investir na consciência, não permitir que o comodismo da normose se apodere de nossas vidas. Ninguém transforma ninguém e ninguém se transforma sozinho, nós nos transformamos no    encontro. Essa frase, atualmente já bem conhecida da tribo, nos reporta a refletir sobre a importância de estarmos no aqui e agora em cada encontro. Te vejo! Estou aqui! Sugeriu que cada aspirante faça seu livro dos sonhos, deixando ao lado da cabeceira com uma caneta e, quando despertar com a lembrança de um sonho, antes mesmo de “acabar de abrir” os olhos e levantar fazer o registro do sonho. Muitas vezes um sonho só será um instrumento de aprendizagem muitos anos depois. Fizemos uma meditação ativa do Osho, conduzida por Isabela com um exercício de respiração e movimentação corporal, durante o qual pudemos entrar em contato com nosso corpo e percebê-lo a partir de um estado de presença consciente de nossa respiração. Demos prosseguimento aos ensinamentos do Roberto que nos diz: “se estamos aqui, hoje nesse sábado, é porque fomos desencaminhados por alguém. Ele nos conta que a primeira formação da qual participou teve grande influência em sua trilha e foi com Ângelo Gaiarsa, psiquatra brasileiro, que…

Seminário: Ciência e espiritualidade, com Taunay Daniel

Prosseguimos refletindo sobre ciência e conhecimento. Dentro dos padrões atuais a ciência tem que ser rápida e não aceita uma pesquisa que demore ou não „dê lucro“. Hoje estamos guiados por padrões externos ao nosso eu mais profundo. Taunay nos disse que se durante um seminário alguém fala algo e ele se lembra de alguma coisa diferente do que estava organizado, ele segue essa intuição. Ele fala aquilo que a intuição lhe sugere porque aprendeu que esse „acaso“ faz sentido. Começou a nos contar uma experiência que vivenciou enquanto fazia um retiro em uma floresta na Serra da Mantiqueira. Todos os dias ele lia, meditava, caminhava etc. Nesse dia interropeu a leitura de um livro de Carl Jung após um parágrafo e foi meditar em uma clareira, lá viu um esquilo (vai nos contar uma outra estória de esquilo no domingo)... também passaram por lá alguns motoqueiros muito rápido. Livros: Organon, de Aristóteles, Alex e eu de Irene epperberg,  Viagem a Ixtlan, de Carlos Castañeda, – Consciência e Abundância, de Paulo Roberto da Silva. Taunay Daniel é Doutor e Mestre pelo Instituto de Artes da UNICAMP/Campinas/SP. Especializou-se em Epistemologia da Ciência pela Universidade de Belgrano, Buenos Aires, Argentina. É bacharel em Filosofia pela PUC/SP.

Seminário: Jogos cooperativos, com Fábio Brotto

Nesse seminário, Fábio Brotto trouxe aspectos de sua própria caminhada na Unipaz e com os Jogos Cooperativos. Para ele Jogos Cooperativos trata da cultura de paz  com a cooperação. A sustentabilidade de uma cultura de paz esta baseada em  diferentes aspectos, e um deles‚ os jogos cooperativos. Cooperamos quando estamos inteiros enquanto pessoas e abertos a identificar e expor limitações. Trabalhamos o conceito de inclusão e exclusão, abundância e escassez. Ele nos fez refletir sobre a importância da persistência na caminhada. Segundo ele se uma pessoa ou empresa não está aberta e não reconhece que precisa de ajuda não conseguiremos levar nenhum tipo de cooperação. "O tempo todo estamos buscando algo que nem você nem eu trazemos, mas para encontrar precisamos de tudo o que cada um de nós traz." Criamos o nome da turma a partir de uma dinâmica em grupos. Buscamos uma palavra que retratasse o sentimento que cada pessoa tinha naquele momento. Das várias palavras buscamos uma que representasse o grupo e enviamos quatro pessoas cada uma com a palavra de seu grupo para formarem outro grupo pequeno que, então, buscasse uma nova palavra, que ainda não tinha sido usada e a qual envolvesse o sentimento dos quatro grupos. Dessa forma chegamos ao nome da turma. Unipaz/DF Fábio Otuzi Brotto é Bacharelado em Psicologia pela Universidade São Marcos (1989) e Licenciatura em Educação Física pela Faculdade de Educação Física de Santo André (1981). Atualmente é focalizador da Universidade Holística Internacional de Brasília/Unipaz.

Unipaz: iniciando FHB (Formação Holística de Base)

Iniciei minha caminhada na Unipaz em outubro/2014, na Formação Holística de Base/FHB, um curso de autodesenvolvimento e autoconhecimento desenvolvido em 24 seminários, em uma imersão de sexta a domingo num final de semana por mês. Cheguei no terceiro seminário Jogos Cooperativos, com Fábio Brotto, fui muito bem acolhida e por todos especialmente pela focalizadora da FHB a Aymara. Uma turma de aproximadamente 30 aprendizes mais a focalizadora, estagiários e grupo de apoio.  Foi muito significativo porque justamente nesse seminário deu-se o nascimento oficial da turma XX e a escolha do nome, Tribo Liberdade. Neste meu primeiro contato com a Unipaz conheci o Memorial Pierre Weil e a Biblioteca, ou o que deveria ser...