Gosto quando me falas de ti, de J. G. de Araújo Jorge

Gosto quando me falas de ti... e vou te percorrendo e vou descortinando a tua vida na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos tranquilos, Gosto quando me falas de ti... e então percebo que antes mesmo de chegar, me adivinhavas, que ninguém te tocou, senão o vento que não deixa vestígios, e se vai desfeito em carícias vãs... Gosto quando me falas de ti... quando aos poucos a luz vasculha todos os cantos de sombra, e eu só te encontro e te reencontro em teus lábios, apenas pintados, maduros, mas nunca mordidos antes da minha audácia. Gosto quando me falas de ti... e muito mais adiantas em teus olhos descampados, sem emboscadas, e acenas a tua alma, sem dobras, como um lençol distendido, e descortino o teu destino, como um caminho certo, cuja primeira curva foi o nosso encontro. Gosto quando me falas de ti... porque percebo que te desnudas como uma criança, sem maldade, e que eu cheguei justamente para acordar tua vida que se desenrola inútil como um novelo que nos cai no chão..." Do livro Quatro Damas, 1965. J. G. de Araújo Jorge, foi um poeta e político brasileiro. Autor de livros como Meu Céu Interior, Amo, Trevos de Quatro Versos, Os mais belos poemas que o amor inspirou, dentre outros.

Jogos Cooperativos, de Fábio Brotto

somos muito melhor quando compartilhamos a vida com quem a gente ama.   O objetivo do autor com o trabalho é contribuir para que as pessoas possam resgatar o seu potencial de viver juntas e realizarem objetivos comuns, aprendendo a viver uns com os outros, ao invés de uns contra os outros. Trata-se de um estudo filosófico-pedagógico acerca dos jogos cooperativos para promover a ética da cooperação e desenvolver as competências necessárias para a melhoria da qualidade de vida atual para a vida das futuras gerações. Parte do resumo retirado de http://educadora-bertoli.blogspot.com.br Fábio Brotto é mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é Facilitador do Seminário Jogos Cooperativos na Universidade Holística Internacional de Brasília/Unipaz.

Sol diferente

"Neste dia eu lhe desejo um sol diferente. Que apesar de todas as dificuldades, apesar de algumas tristezas que insistem, que mesmo com essa montanha erguida, o sol possa ser seu presente mais doce. Desejo ao seu coração o querer que ele quer. Que nas palavras que ele sussurra dentro do seu peito, sejam ouvidas aquelas que têm sabor de liberdade. Que você esteja atento para o sopro da sua vontade real, e jamais desista dos seus passos em direção à verdade. Desejo que sua percepção acorde mais plena no calor de um sol novo e renovador. Que ele lhe encoraje às atitudes que estão querendo respirar. Aquelas que sempre são substituídas, Aquelas que não se arrojam por ter os pesos de conceitos por demais antigos. Desejo que você aceite seu tempo, seja ele qual for. Que sinta serenidade na espera necessária para que a semente plantada brote no tempo certo. Desejo então que sua flor seja inteira, e mesmo que inicialmente pequena e frágil, ela lhe traga as luzes de uma estrada azul. Que sua sabedoria esteja desperta aguardando com tranqüilidade o desabrochar da sua flor. Em paz, em cadência ritmada com o aprendizado que vem chegando. Em mais suaves permissões a você. Em muito mais reconhecimento da sua coragem. Desejo a você um sol diferente. Espalhando seu sorriso pela densidade das nuvens, simplificando o aspecto complicado de alguns momentos e mostrando-lhe a fonte essencial para sua sede. Desejo que a cada instante você desnude mais seu coração e deixe que nele vibre em tom maior: o amor. O amor na sua expressão mais simples. Que não mede, não faz contas e que tem o poder de lhe erguer acima de todas as montanhas escuras".                                                                            (encontrado na Net, não sei a autoria)

Tricô e poesia – Mate simples, por Isabella Vieira de Bem

Os fios tecem os dedos das tricoteiras. Ágeis, os pontos correm carreiras Nas tramas de todas as dores. Nos dramas, em todas as cores, Tece, o artesão, a fantasia, ... Veste a barra do dia, Cobre a nudez da noite E as agulhas, pouco à vontade, Assinam com ponto final: Mate simples   Blog tricot na veia

A Bela Velhice”, de Mirian Goldenberg

“A Bela Velhice”, de Mirian Goldenberg trata de uma nova fase da vida em que é preciso viver com mais beleza, humor e alegria; sugere os passos necessários para um envelhecimento saudável, para aceitar a própria idade e a explorar os aspectos positivos desta fase. Destaca o quanto é fundamental se preparar para a “bela velhice” e destaca também como essencial ter um projeto de vida tanto os velhos de hoje quanto os de amanhã.

Uma prece ao melhor do teu ser, de Wagner Borges

Que esses escritos levem Amor ao teu coração.Que tudo que é trevoso seja abraçado pela tua luz.Que te encantes com o presente da vida.Que tua alma seja curada na luz.Que teus pensamentos sejam justos.Que tuas mãos sejam curadoras.Que teu trabalho te dignifique.Que sejas querido na prece dos outros.Que teu olhar revele o brilho do Eterno.Que tenhas consciência da Sagrada Presença.Que vejas sempre algo belo, mesmo em um dia cinzento.Que não deixes passar um grande Amor.Que teu coração seja generoso como o Sol.Que teus passos sejam honrados.Que a perda de alguém querido não te aniquile.Que os reveses de tua vida sejam lições de sabedoria.Que aprecies muitas canções, e te encantes com elas.Que não tenhas medo de Amar.Que tuas emoções não te sejam um fardo.Que honres teus pais e teus ancestrais.Que a chuva lave tuas mágoas e te renove o viver.Que saibas te abrir, para a vida te dizer algo justo.Que teus lábios estejam sempre fechados para queixumes.Que, por mais que te atentem, não traias o teu coração.Que saibas perdoar, aos outros e a ti mesmo.Que tenhas sabedoria para corrigir teus erros.Que o mal nunca faça morada em teu coração.Que não valorizes aquilo que rebaixa o teu espírito.Que nada te afaste da luz e do amor verdadeiros.Que estejas sempre em um círculo de luz. Paz e Luz. Amor e Presença.

Vivendo como as flores

-Mestre, como faço para não me aborrecer?Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.Algumas são indiferentes.Sinto ódio das que são mentirosas.Sofro com as que caluniam".- "Pois viva como as flores!", advertiu o mestre.- "Como é viver como as flores?" Perguntou o discípulo.- "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim."Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas.Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável,mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.Isso é viver como as flores."