Sobre o tempo!

Tempo, sagrado tempo que carrega chaves de pesadas caixas entupidas de conteúdos.

Tempo, lento tempo que carrega a saudade que não se desfaz.
Tempo, corrido tempo que carrega momentos que não se repetem, que não param de se repetir, que se esvaem, que marcam, que passam.
Tempo, bondoso tempo que dura uma eternidade no instante de um alento.
Tempo, raivoso tempo que separa vidas em movimento.
Tempo, senhor tempo, vagando aflito, na exaustão do sempre, marcando épocas, deixando rastros, seguindo em frente.
Tempo, te chamam de passado, de presente, de futuro…te chamam de volta ou te pedem para ir. E num silêncio absoluto, sem dar ouvidos, segue tua sina.
Tempo, quanto desse teu mistério ainda resta em mim?
Retirado do blog  Pense Saúde: http://pensesaude.blogspot.com.br/

O que é milagre…

“Milagre é quando tudo conspira contra …mas Deus vem de mansinho e com um sopro leve muda o rumo dos ventos…” (Fernanda Gaona)

O lugar de ser feliz – poesia

Deus abriu a janela do mundo
e nela projetou o céu do cerrado.
Acendeu o diamante azul do dia na esplanada do destino.
As nuvens saem do chão,
numa explosão álacre de âmbar.
A lua é um pássaro de bruma na textura esvoaçante.
Pode-se descansar do mormaço num banco de concreto,
olhando o trânsito da Asa Sul,
na fronteira da 307,
à sombra das horas,
na liberdade da vida sem perigos.
Ninguém me perguntará onde moro ou o que faço
nesta quadra de Brasília,
em frente a uma biblioteca,
no espaço livre da vida.

Poema transcrito da antologia “Poemas para Brasília”, de Joanyr de Oliveira.

Márcio Catunda é escritor, poeta, compositor e diplomata brasileiro, autor de Noites Claras, No Chão do Destino, A Essência da Espiritualidade dentre outros.

Pequenas certezas por Clarissa Corrêa

Eu não duvido do poder da música. Em um dia preto e branco ela me colore. Em um momento de tristeza ela traz de volta um meio sorriso. Em uma situação delicada ela me socorre.

Eu não duvido do poder do abraço. Ele transforma corações. Aproxima uma alma da outra. É a ponte para o reencontro. Traz de volta a paz. Remove qualquer impureza do espírito.
Eu não duvido do poder da chuva. Ela manda embora toda a desgraça, desamor e sujeira. Deixa tudo mais puro e renovado.
Eu não duvido do poder de um sorriso. Ele quebra qualquer gelo, desmonta uma cara feia, desarma quem trouxe munição no peito.
Eu não duvido do poder do olho no olho. Ele traz a confiança, a vontade de acreditar, a certeza de que ainda existe salvação.
Eu não duvido do poder do sol. Ele traz a saúde, devolve a beleza e de quebra ainda esquenta quem já congelou por dentro há tempos.
Eu não duvido do poder do perdão. Ele faz as cicatrizes ficarem mais suaves, devolve o viço da pele, ilumina o dia e o passado.
Eu não duvido do poder do amor. Ele traz o apoio, oferece o suporte, segura forte a mão, ajuda a segurar qualquer fardo, por mais pesado que possa parecer.
Eu não duvido do poder da fé. Ela ampara, acalenta, acolhe, aconchega, nos pega no colo e cantarola uma linda canção de ninar.
Eu não duvido do poder da vida. Ela ensina, reconstrói, resgata, ajuda, reencontra. E cura.

… em todos os momentos. Ho’oponopono!

Ho’oponopono é um ritual havaiano utilizado para resolver problemas na sociedade, com base em reconciliação, curas e perdão. De acordo com os antigos havaianos, a fonte do erro está em pensamentos contaminados por memórias do passado ou traumas.

A cura acontece por meio do mantra “Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Eu sou grato”