Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Um belo poema em que Mário Quintana faz uso da metalinguagem, pois o poema tem como tema o próprio poema. Gostei muito desse post poético.
PS.: Almira, sendo você bibliotecária e pedagoga, gostaria de fazer uma sugestão. Não sei se você gostará, mas vou deixá-la assim mesmo. Por que você não publica no Livro & Arte, resenhas sobre livros que você leu, gostou e recomenda aos seus leitores? Seria muito interessante.
Um forte abraço!
Olá Almira,
Eu adoro Mário Quintana e esse poema parece-me bem apropriado a você que fala no seu blog de livros, de vida, de arte e poesias.
Parabéns!
Maria Cecilia