Brasília, de Ana Maria Lopes

Toda vez que chove
Brasília me dá um arco-íris.
Toda vez que o sol nasce
ela me oferece um prisma.
Em toda seca Brasília mostra
o espanto do renascer.
Em toda vez que lhe passeio
eu vejo athos, bianchettis,
oscares, vejo burles e brunos
dando vida à meus olhares.
Brasília me leva junto a ela
– passargada encontrada-
sem rei, sem trono, sem dono
lugar de onde bebo a poesia
de onde mordo o amor
de onde canto elegias
de onde essa ana maria
se rende feliz
à
cidade

Ana por ela mesma: “Sou a carioca mais brasiliense do planeta. O Rio de Janeiro está no meu coração mas Brasília é dona da minha alma. Aqui cresci, estudei, plantei árvores, criei filhos e cultivei as minhas conversas com o verso”.

Violeta persa – exacum affine

Minha mais nova aquisição: uma violeta persa (exacum affine). Fui buscar informações e descobrir que ela dá flores o ano todo; ela também gosta de meia-sombra no verão e de pleno sol no inverno. Quando começar a florir é bom colocá-la na sombra para que suas flores saiam com um colorido mais forte, mais escuro.  A florzinha é lilas com o miolinho amarelo.

Golinhas em tricô

Duas golinhas em cores diferentes, numa única versão

 

Obs: encontrei esta receita em pesquisas na net.

O poder do Agora, de Eckhart Tolle

Lendo calmamente O poder do Agora; aprendendo a não ignorar o momento presente pois como o autor afirma “viver no Agora é o melhor caminho para a felicidade e a iluminação”.

Detalhe: marcador de texto: borrboleta em fuxico e fitinha vermelha.

Cora Coralina. Linda mensagem!

” Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: Leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas. Daqui para frente apenas o que couber no bolso e no coração.”

Poema, de Julio Cézar dos Reis Almeida

O poema escapa-me
Tangencio sua estética, persigo-o insistentemente,
Mas se ele não quer vir, força-lo é tatear no escuro.
Chego a perceber subliminarmente o seu sentido
Que me escapa ao menor movimento da caneta

Faz tempo que o papel aguarda incólume
Para registrar sua forma
Mas espera em vão!
Por que não vem? Pergunto-lhe

O que lhe falta pra brotar? Indago-lhe
Por que não se cristaliza? Questiono-lhe
Bato à porta porém minhas indagações
Permanecem sem resposta.

A angústia cresce,
Mas a busca e a crença de que ele virá permanecem
Inútil clamar ao Deus da poesia.
O poema vem quando a hora chegar
O poema, como a semente, tem a sua hora de brotar