Na ribeira deste rio, de Fernando Pessoa

Na ribeira deste rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio.
Nada me impede, me impele,
Me dá calor ou dá frio.
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada.
Vejo os rastros que ele traz,
Numa sequência arrastada,
Do que ficou para trás.
Vou vendo e vou meditando,

Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando,
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando.
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali,
E do seu curso me fio,
Porque, se o vi ou não vi.
Ele passa e eu confio.

 

Também cantada por Dori Caymmi. Foi música da novela Sinhá Moça, da Globo.

Fernando Pessoa poeta, escritor, crítico literário, inventor, tradutor, filósofo e comentarista político português. Autor de livros como O livro do desassossego, O eu profundo e os outros eus, dentre outros.

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Aproximando pessoas, de José Santos e Marcus Aurelius Pimenta.

Esse livro foi lançado em comemoração aos 350 anos dos serviços postais no Brasil, durante a Exposição Filatélica Mundial – Brasiliana 2013, pelo Museu da Pessoa.

É um livro muito agradável que traz como tema central o impacto dos Correios na vida dos brasileiros, reunindo as histórias de atletas como Falcão e Gustavo Kuerten, artistas como Nando Reis e Mauricio de Sousa e relatos de carteiros e trechos de cartas, como uma página daquela que é considerada a 1ª carta do Brasil, a Carta de Caminha, e um singelo bilhete enviado por Carlos Drummond de Andrade a um jovem poeta.

O livro ainda traz jogos, passatempos, iconografia, literatura, humor e pequenas biografias dos que colaboraram com o livro. Foi editado pelo Museu da Pessoa e tem como autores José Santos e Marcus Aurelius Pimenta.

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Somos energia, de Jorge Blaschke

Nesse livro Somos energia: o segredo quântico e o despertar das energias, o autor Jorge Blaschke estuda as mais recentes descobertas científicas da física quântica, da química, das neurociências e das ciências do comportamento. O objetivo é identificar os mecanismos que nos permitem aproveitar as energias para alcançar nossos objetivos, tanto a nível pessoal quanto social principalmente aqueles  referentes à saúde.
O autor também vincula sua pesquisa multidisciplinar com tradições que aparecem agora com uma eficácia impressionante frente aos avanços da ciência quântica.
Jorge Blaschke é escritor, jornalista, pesquisador em psicologia transpessoal e física quântica.

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Presente, de Julio Cézar dos Reis Almeida

– Amor da minha vida,
presente de Deus,
você enche os dias de minha existência
de sentido, de luz, de felicidade.
 – Amor da minha vida,
que razão há na existência sem você?
 – Amor da minha vida,
presente de Deus,
sou eternamente grato por tê-la
e jamais penso perdê-la
 – Amor da minha vida,
quando me vejo nos olhos teus,
o dia ganha cor, ilumina-se,
sua luz doura a existência
e dá sentido à minha vida.
 – Amor de minha vida,
que Deus a mantenha
eternamente viva no meu coração,
na minha vida

(…)

 Do livro Amor, lançado recentemente.

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Canção para um valsa lenta, de Mário Quintana

Minha vida não foi um romance…
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa… de encanto… de medo…

Minha vida não foi um romance,
Minha vida passou por passar.
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance…
Pobre vida… passou sem enredo…
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance…
Ai de mim… Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso… de um gesto… um olhar…

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Gosto quando falas de ti… de JG de Araujo Jorge

Gosto quando falas de ti… e vou te percorrendo
e vou descortinando a tua vida na paisagem sem nuvens,

cenário de meus desejos tranquilos.

Gosto quando me falas de ti… e então percebo
que antes mesmo de chegar, me adivinhavas,
que ninguém te tocou, senão como o vento
que não deixa vestígios, e se vai  desfeito em carícias vãs…

Gosto quando me falas de ti… quando aos poucos a luz
vasculha todos os cantos de sombra, e eu só, te encontro
e te reencontro em teus lábios, apenas pintados,
maduros, mas nunca mordidos antes da minha audácia.

Gosto quando me falas de ti… e muito mais adiantas
em teus olhos descampados, sem emboscadas,
e acenas tua alma, sem dobras, como um lençol
distendido, e descortino teu destino, como um caminho certo,
cuja primeira curva foi o nosso encontro.

Gosto quando me falas de ti… porque percebo que te desnudas como uma criança, sem maldade, e que eu cheguei justamente para acordar tua vida que se desenrolava inútil como um novelo que nos cai da mão…

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