Ser e estar, de Mario Quintana

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A nuvem, a asa, o vento,
a árvore, a pedra, o morto…

tudo o que está em movimento,
tudo o que está absorto…

aparente é esse alento
de vela rumando um porto

como aparente é o jazimento
de quem na terra achou conforto…

pois tudo o que é está imerso
neste respirar do universo

– ora mais brando ora mais forte
porém sem pausa definida –

e curto é o prazo da vida

e curto é o prazo da morte.

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