Não apresse o rio (ele corre sozinho), de Barry Stevens

Um dos livros mais antigos que tenho, daqueles que não  consigo me desfazer, é apego mesmo.

Esse trecho de uma entrevista que está no final do livro resume bem a essência do livro. Não apresse o rio, ele corre sozinho significa deixar-se ir junto com a vida, sem tentar fazê-la ir para algum lugar, sem tentar fazer com que algo aconteça, mas simplesmente ir, como o rio; e, sabe, o rio, quando chega nas pedras, simplesmente se desvia, dá a volta, quando chega a um lugar plano, ele se espalha e fica tranquilo…

 

Brasil: pés descalços, dentes cariados – Julio Cézar dos Reis Almeida

Pingo D’agua

A vida é pingo d’água

Que dura pouco mais que a aurora.
Evapora sem demora.
Tão cedo chega, tão cedo vai embora.
Nem bem a gente começa a aprender,
Chega a hora.
A hora triste de ir embora.
Que gota preciosa
Esta que vai escrevendo a cada frase
A nossa história.
A humanidade deságua de um lado
E do outro lado evapora.
É chegar e ir embora,
A cada instante, a cada hora.