Li esse livro há muito tempo atras e consegui registrar que segundo o autor, as duas dimensões da nossa alma definidas por ele como a águia e a galinha, constroem nosso processo existencial, mexem com os sentimento com nossa capacidade de superação, e com nossa capacidade de criar.
Não podemos ser sempre águia ou sempre galinha. Como águia temos projetos infinitos, paixões indomáveis, incontroláveis, queremos o impossível e como galinha somos pés no chão, somos concretos e históricos.Precisamos usar a razão e o coração para encontramos o equilíbrio.
No meu entender não devemos aceitar ser somente galinhas; precisamos desejar querer também ser águias que ganham altura e que projetam visões para além do galinheiro. As águias não desprezam a terra, pois nela encontram seu alimento. Mas não são feitas para andar na terra, senão para voar nos céus, medindo-se com os picos das montanhas e com os ventos mais fortes. A águia compreenderá a galinha e a galinha se associará ao vôo da águia.
Sejamos mais águias que galinhas….
Leonardo Boff é filósofo, teólogo e professor aposentado de Ética da UERJ