Neste seminário a facilitadora Susan Bello iniciou trazendo alguns aspectos sobre a organização individual de cada participante nesse seminário, sobre a liberdade de criar, de entrar no processo da pintura espontânea e poder crescer com ele. Susan diz: “No início devemos ser carinhosos e gentis com nós mesmos”. E nos apresentou Ana Maria que já vivência pintura espontânea desde 2002 e irá nos acompanhar nas atividades e também com Tarô.
Ana Maria explica que Pintura Espontânea é um tipo de meditação e que com a prática desenvolvemos também o conhecimento de nós mesmos. Em seguida fomos buscar tinta e escolher um lugar para a primeira atividade e iniciamos este processo com uma dança e fizemos a primeira pintura.
Susan trouxe uma reflexão sobre pensamentos limitantes aqueles medos, afirmações negativas ou assimilações introjetadas na infância que nos tolhem e bloqueiam quando estamos diante de algo novo e transformador. A consciência sobre os pensamentos limitadores pode trazer liberdade e grande crescimento pessoal.
Fiquei pensando nesta colocação dela “ não temos controle sobre os acontecimentos do passado, temos sobre aquilo que fazemos com eles. O “como” vamos lidar com as experiências vividas é que nos liberta dos pensamentos com os quais nos identificamos de uma forma limitadora. Muitas vezes sentimos um “click” interno – “há! agora estou naquele pensamento limitador outra vêz. Eu não quero isso para mim”. Nesse caso cabe criar um antidoto. Ou seja, uma frase que nos reporte para uma posição saudável e livre.
Em pintura espontânea é necessário sair do racional e pintar com a intuição. Refletimos também sobre conceitos da Comunicação Não Violenta, de Marshan Rosenberg – escuta refletiva e escuta empática. A escuta refletida é a capacidade de reproduzir aquilo que foi dito por outra pessoa, sem uma interpretação e sem julgamento. Enquanto ser empático – escuta empática – é entrar no momento da pessoa, é estar junto nos sentimentos, é fazer perguntas sobre aquilo que foi expresso ou mencionado. Nos pequenos grupos pudemos treinar uma e outra forma de escuta. E no final tivemos a oportunidade de expressar também o que aquela pintura nos trouxe ao nível pessoal. Um outro exercício que consiste em completar a frase: Se essa pintura fosse minha … Dessa forma pudemos colocar nossos próprios sentimentos em relação ao quadro de outra pessoa. Esse exercício pode ser feito no dia-a-dia e não só com pinturas …
Neste seminário a Susan ainda nos falou do processo “I am I”, de sua autoria, Inteligências Autênticas, Múltiplas e Inatas. I am I é um processo de autodesenvolvimento, o self autêntico tem uma forma de se expressar através da criatividade.
No domingo acordamos com o Pablo e a Erika cantando ao vivo e na holopraxis a Gabriela trouxe exercícios da capoeira. Fomos meditar no memorial Pierre Weil por ter sido aniversário dele na semana do seminário.
Unipaz/DF
Susan Bello é Doutora – PhD em Terapia Expressiva e Psicologia da Arte, do Union Institute, Cinncinnati, Ohio. Mestre em Psicologia Humanista na California State College, Sonoma. Bacharel em Educação e História, na Universidade de Nova York. Psicanalista de grupo, Arte-terapeuta licenciada nos Estados Unidos e no Brasil, Facilitadora Titular de Biodanza e pesquisadora de estados alterados de consciência.