Tive uma feliz surpresa de reencontrar Dorly Follmann, amigo dos meus tempos da Católica de Brasília, do curso de Pedagogia que, à época, funcionava no Colégio Marista de Taguatinga. Bons tempos! Tempos de muito trabalho, mas de muitas alegrias e de amizades fortes. Dorly, já o conheci poeta, sábio, generoso e de grande sensibilidade.
Fiquei também feliz de saber que, no final do ano passado, ele lançou seu primeiro livro de poesias: …Que livro lindo! Vale a pena conhecer!
Dentre os belos poemas, escolhi este para compartilhar…
Rio – Nascente
Sou o que sou,
e não poderei não ser eu.
O rio que nasce lá no alto,
Desemboca no mar e diz:
“Aqui estou:”
Não o eu que lá nasceu,
Nem o eu que incorporou
Outros eus no seu,
Na sua andança fatal.
Como rio, sobrevivi,
Mas diferente, e,
Ainda assim,
O mesmo rio,
Em busca do meu destino.
Recomeçar tudo de novo:
Outra fonte,
Outro mar…
Rumo ao mesmo fim:
– EU.