Reflexão, de Oscar Wilde
É preciso comungar com a alegria, a beleza, a cor da vida.
Quanto menos se falar dos horrores da vida, melhor se vive.
Oscar Wilde
É preciso comungar com a alegria, a beleza, a cor da vida.
Quanto menos se falar dos horrores da vida, melhor se vive.
Oscar Wilde
Caminhante, são teus rastros
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
o caminho se faz ao andar.
Andando se faz o caminho
e olhando para trás
se vê a trilha que jamais
se voltará a pisar
Caminhante, não há caminho,
somente ondulações no mar.
(tradução: Taunay Daniel)
Antonio Machado foi um poeta espanhol, autor de Soledades, Galerias, Outros Poemas e Poesias Completas.
Gosto quando me falas de ti… e vou te percorrendo
e vou descortinando a tua vida na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos tranquilos,
Gosto quando me falas de ti… e então percebo
que antes mesmo de chegar, me adivinhavas,
que ninguém te tocou, senão o vento
que não deixa vestígios, e se vai desfeito em carícias vãs…
Gosto quando me falas de ti… quando aos poucos a luz
vasculha todos os cantos de sombra, e eu só te encontro
e te reencontro em teus lábios, apenas pintados,
maduros, mas nunca mordidos antes da minha audácia.
Gosto quando me falas de ti… e muito mais adiantas
em teus olhos descampados, sem emboscadas,
e acenas a tua alma, sem dobras, como um lençol
distendido, e descortino o teu destino, como um caminho certo, cuja primeira curva foi o nosso encontro.
Gosto quando me falas de ti… porque percebo que te
desnudas como uma criança, sem maldade,
e que eu cheguei justamente para acordar tua vida
que se desenrola inútil como um novelo
que nos cai no chão…”
Do livro Quatro Damas, 1965.
J. G. de Araújo Jorge, foi um poeta e político brasileiro. Autor de livros como Meu Céu Interior, Amo, Trevos de Quatro Versos, Os mais belos poemas que o amor inspirou, dentre outros.
Os fios tecem os dedos das tricoteiras.
Ágeis, os pontos correm carreiras
Nas tramas de todas as dores.
Nos dramas, em todas as cores,
Tece, o artesão, a fantasia, …
Veste a barra do dia,
Cobre a nudez da noite
E as agulhas, pouco à vontade,
Assinam com ponto final:
Mate simples
Blog tricot na veia
Que esses escritos levem Amor ao teu coração.
Que tudo que é trevoso seja abraçado pela tua luz.
Que te encantes com o presente da vida.
Que tua alma seja curada na luz.
Que teus pensamentos sejam justos.
Que tuas mãos sejam curadoras.
Que teu trabalho te dignifique.
Que sejas querido na prece dos outros.
Que teu olhar revele o brilho do Eterno.
Que tenhas consciência da Sagrada Presença.
Que vejas sempre algo belo, mesmo em um dia cinzento.
Que não deixes passar um grande Amor.
Que teu coração seja generoso como o Sol.
Que teus passos sejam honrados.
Que a perda de alguém querido não te aniquile.
Que os reveses de tua vida sejam lições de sabedoria.
Que aprecies muitas canções, e te encantes com elas.
Que não tenhas medo de Amar.
Que tuas emoções não te sejam um fardo.
Que honres teus pais e teus ancestrais.
Que a chuva lave tuas mágoas e te renove o viver.
Que saibas te abrir, para a vida te dizer algo justo.
Que teus lábios estejam sempre fechados para queixumes.
Que, por mais que te atentem, não traias o teu coração.
Que saibas perdoar, aos outros e a ti mesmo.
Que tenhas sabedoria para corrigir teus erros.
Que o mal nunca faça morada em teu coração.
Que não valorizes aquilo que rebaixa o teu espírito.
Que nada te afaste da luz e do amor verdadeiros.
Que estejas sempre em um círculo de luz.
Paz e Luz. Amor e Presença.

Deus abriu a janela do mundo
e nela projetou o céu do cerrado.
Acendeu o diamante azul do dia na esplanada do destino.
As nuvens saem do chão,
numa explosão álacre de âmbar.
A lua é um pássaro de bruma na textura esvoaçante.
Pode-se descansar do mormaço num banco de concreto,
olhando o trânsito da Asa Sul,
na fronteira da 307,
à sombra das horas,
na liberdade da vida sem perigos.
Ninguém me perguntará onde moro ou o que faço
nesta quadra de Brasília,
em frente a uma biblioteca,
no espaço livre da vida.
Poema transcrito da antologia “Poemas para Brasília”, de Joanyr de Oliveira.
Márcio Catunda é escritor, poeta, compositor e diplomata brasileiro, autor de Noites Claras, No Chão do Destino, A Essência da Espiritualidade dentre outros.
Eu não duvido do poder da música. Em um dia preto e branco ela me colore. Em um momento de tristeza ela traz de volta um meio sorriso. Em uma situação delicada ela me socorre.