É urgente inventar novos atalhos.
Acender novos archotes
e descobrir novos horizontes.
É urgente quebrar o silêncio,
abrir fendas no tempo
e, passo a passo, habitar outras noites
coalhadas de pirilampos.
É urgente içar novos versos,
escalar novas metáforas
recalcadas pela angústia.
É urgente partir sem medo
e sem demora.
Para onde nascem sonhos,
buscar novas artes de
esculpir a vida.
Armando Artur é um escritor moçambicano. Autor de A Reinvenção do ser e a dor da pedra, O Hábito das Manhãs, A Quintessência do Ser dentre outros.